terça-feira, 25 de agosto de 2015

Chapeuzinho Vermelho

Chapeuzinho Vermelho.

Este clássico da literatura teve sua origem na Europa durante o século XIV e foi publicada pela primeira vez na França por Charles Perrault. A história sofreu varias adaptações e é considerada uma das fábulas mais memoráveis de todos os tempos.

Chapeuzinho Vermelho


Era uma vez uma menina muito bonita quer era amada por todos. Certo dia sua mãe usou um retalho vermelho para costurar uma capa com capuz e ela gostou tanto que nunca usava nada diferente e por isso passou a ser chamada de: "Chapeuzinho vermelho".

Um dia sua mãe preparou torta e licor para mandar pra vovô que estava doente e vivia sozinha no meio da mata, encarregou a encomenda pra Chapeuzinho:

Mamãe: Não saia da estrada, caminhe delicadamente para não chacoalhar a cesta e não pare para conversar com estranhos. A mata é escura e perigosa, poucas pessoas passam por lá e não se esqueça de ser educada com a vovó. - Com um beijo se despediu da mãe.
Chapeuzinho: Tomarei cuidado! - Respondeu.

Quando Chapeuzinho vermelho entrou na mata um lobo a viu e esperou um momento oportuno para o encontro:

Lobo: Para onde vai Chapeuzinho? - Perguntou.
Chapeuzinho: Para a casa da minha avó que está doente e vive na mata.

Lobo: O que você tem cesta?
Chapeuzinho: Torta e licor para que minha avó melhore porque está doente. – Respondeu.

Eles caminharam juntos pela estrada por algum tempo e depois o lobo disse:

- Veja que flores lindas existem por aqui, escute o belo som dos pássaros e sinta os raios de sol que passam por entre a folhagem, não quer parar um pouco para olhar?

Chapeuzinho Vermelho refletiu, mas pensou que seria legal levar flores para agradar a avó.  Então saiu da estrada e cada vez que recolhia uma flor aparecia outra mais bonita logo à frente e corria para pega-la... cada vez mais dentro da mata.
Enquanto isso, o lobo correu direto pra casa da vovó, abriu a porta e devorou-a. Depois vestiu as roupas dela e se deitou na cama para esperar a Chapeuzinho chegar.

—Bom dia! - Gritou Chapeuzinho. A porta estava aberta e não ouviu resposta, entrou e aproximou-se da cama e lá estava a vovó deitada parecendo muito doente.

Chapeuzinho: Vovó, que orelhas grandes você tem!
Lobo: São para te ouvir melhor, minha filha.

Chapeuzinho: Mas vovó e esses olhos grandes?
Lobo: Para te ver melhor, filinha.

Chapeuzinho, incomodada perguntou: Mas e essas mãos enormes?
Lobo: Para te abraçar melhor.

Lobo Mau.
Chapeuzinho: Mas, que boca grande você tem!
Lobo: É Pra te comer, querida! - E o lobo pulou da cama e engoliu a Chapeuzinho Vermelho.

Saciado! Se deitou na cama para cochilar e começou a roncar muito alto, foi quando um caçador que passava por perto ouviu e foi até lá para ver se estava tudo bem com a vovó, quando entrou no quarto viu o lobo de barriga cheia e deitado na cama da vovó: pegou uma tesoura e cortou a barriga do lobo que dormia profundamente, até aparecer a Chapeuzinho Vermelho e depois a vovozinha que mal conseguia respirar. Eles rechearam a barriga do lobo com pedras e quando ele acordou não conseguiu fugir porque as pedras eram muito pesadas. O lobo caiu no chão e os três ficaram contentes porque o lobo chorava de dor.

Depois que tudo acabou, Chapeuzinho Vermelho pensou: “Enquanto a minha mãe proibir, nunca mais sairei da estrada para entrar sozinha no meio da mata".

terça-feira, 4 de agosto de 2015

O Homem do Saco

Criança Distraída.
Os amigos brincaram a tarde toda, tomaram o lanche e voltaram pra rua. Antes de sair de casa, sua mãe pediu para chegar antes do jantar, para dar tempo de tomar banho, escovar os dentes e dormir.
Na rua, adultos sentados na calçada tomando cerveja, jovens ouvindo música alta encostados num carro, uma mulher mentalmente perturbada falando sozinha na esquina e os meninos caminharam até o parque.

A luz do poste queimada a tempos não é trocada, balanços de uma corda só e sem acento porque foi levado, no chão se acumula o entulho deixado por trabalhadores durante o dia, vasilhames de vinho, cerveja e bitucas de cigarro deixados a noite. Ascenderam a fogueira, não era para brincar com fogo mas os meninos trouxeram batata para assar, ficaram contando historias e vendo o tempo passar...e o tempo passou, que não viu a hora chegar: a rua está vazia e ninguém a ver e escutar.
Sabia que deveria correr, quanto antes melhor e menor a bronca da mãe, despediu-se dos amigos e foi embora, quando atravessou a rua viu um rapaz sentado ao lado de um cachorro, aproximou-se dele e o cachorro entrou no saco.

- Você veio pra perto e ele ficou com medo, por isso se escondeu no saco. - Disse o rapaz.
- Mas eu não fiz nada - Respondeu o menino.
- Então pega ele pra mim! - Retrucou o estranho.

O menino abriu o saco e o rapaz empurrou-lhe pra dentro, fechou o saco com o cachorro e tudo! pôs nas costas e enquanto andava, entoava uma canção antiga.
Quando a mãe apareceu no parque os meninos dizeram que ele tinha ido embora, ela achou estranho e pediu para um dos meninos acompanha-la. Em casa não viu seu filho e entrou em estado de choque, sentou no sofá e começou a chorar, o pai foi para os fundos para vasculhar a caixa de ferramentas.

- O que procura na caixa? - Perguntou o menino.
- Eu sei que ele sumiu, eu sempre digo para não se atrasar; agora vai procurar a sua turma e deixe-me concentrar. - Respondeu.

Então voltou para a sala onde a mãe irreconhecível estava sentada sem falar; ela era tão linda, mas seu rosto estava pálido e sem vida, seus olhos inchados e o cabelo despenteado:

- Você sabe pra onde levaram o meu filho, responde que eu sei que você sabe. - Com raiva a mãe gritou.
- Calma senhora, não tenho nada a ver. - Respondeu o menino.
- Eu sei que foram os rapazes do carro, só pode. - Disse a mulher.

Naquele instante o marido aparece para consolar a esposa e deu um martelo na mão da criança, dizendo:

- Volta pra casa e se alguém tentar levar, da uma martelada na cabeça dele, depois peça ajuda.

"As lágrimas da vizinhança inconsolada pela perda de um menino do qual todos se alegravam, pelas mãos sujas do homem, se perdeu dentro de um saco; sabe-se lá pra onde, ninguém jamais o viu e nem sabem se vai voltar. Sua mãe reza antes do jantar, na mesma hora em que deveria estar sentado hoje o lugar está vago, seu dormitório segue igual e para o pai resta a esperança que o coração do homem perverso encontre luz e paz."
Homem do Saco