quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Os Três Porquinhos

Porquinhos Felizes.
Introdução

Esta história narra os acontecimentos da vida de três porquinhos que resolvem sair de casa para cuidar da própria vida. A fábula tem sua origem no folclore Inglês, mas foi amplamente divulgada pelo escritor Australiano, Joseph Jacobs em 1853 e com uma versão animada pela Disney em 1933. No Brasil, os porcos receberam os nomes de: Cícero, Heitor e Prático.



A História - Os Três Porquinhos



A Herança

Prático, Heitor e Cícero são três porquinhos que receberam da mamãe porquinha uma herança de família. Eles dividiram a herança em partes iguais e decidiram que o melhor era construir cada um a sua própria casa.


Os Três Irmãos

Cícero era o mais novo e era conhecido por ser pão duro e preguiçoso. Gostava apenas de “brincar e cantar”. Então decidiu fazer uma casa de palha e barro que terminou de construir em poucas horas para sobrar a tarde para brincar e pular no quintal.

Heitor era o irmão do meio, mais esperto que Cícero. Ele decidiu construir uma casa de madeira para não tomar tanto tempo e render o dinheiro para comprar a mobília. Gastou o dia todo para construir a casa e no final da tarde juntou- se a brincadeira com Cícero.

Prático era o mais velho e gastou toda a herança para construir uma casa feita de alvenaria. A obra durou varios dias e enquanto isso seus irmãos zombavam dele. Durante a obra, Heitor advertia que o lobo mau andava por perto; mas enquanto falava, era interrompido por Cícero que zombava mais ainda...e foi assim até o último dia da obra.


Cícero e O Lobo Mau

Um dia apareceu o Lobo Mau e todos os porquinhos se esconderam dentro das casas. O lobo foi até a casa de Cícero e bateu varias vezes na porta até Cícero responder:
  • Vá embora Lobo Mau! Meu pai é o Leão e vai chegar logo. - Disse Cícero, tremendo de medo.
  • Leão não tem filho porco, seu mentiroso! Abra a porta ou derrubarei a casa. - Respondeu o Lobo.
Cícero não abriu e de dentro da casa ouvia- se o lobo enchendo o peito de ar… segurou e assoprou com tanta força que o telhado se espalhou pelo céu e a parede se desmanchou no chão. Apavorado, Cícero correu para a casa do irmão Heitor.

Heitor e O Lobo Mau

Heitor ouviu os gritos do caçula e antes de trancar as portas, os dois se esconderam de baixo da mesa. Quando o Lobo Mau chegou, apresentou- se como um porquinho dizendo:
  • Abram a porta amigos, eu sou um porquinho e também estou fugindo do Lobo Mau. - Disse o lobo.
  • Mentira. - Responderam os dois.
  • Deixem- me entrar ou assoprarei a casa até derrubar. - Gritou o Lobo.
Os porquinhos ficaram mudos e mais uma vez o lobo assoprou, até que uma hora a casa não aguentou e caiu. Os dois porquinhos correram para se esconder na casa do irmão Prático.

Prático e O Lobo Mau

Os três entraram na casa de Prático antes de trancar todas as portas e fechar todas as janelas. Quando o Lobo Mau chegou apresentou- se como vendedor de biscoito, dizendo:
  • Algum de vocês gostaria de comprar biscoito, peguem uma amostra grátis. - Disse o lobo.
  • Não estamos com fome. - Responderam os três.
O Lobo ficou impaciente e perdeu o disfarce:
  • Deixem- me entrar um pouco e eu prometo poupar um de vocês - Disse o Lobo.
  • Não temos medo de você. - Respondeu Prático.
O lobo assoprou: uma, duas, três… dez vezes, mais a casa de Heitor não caiu. Continuou tentando até o cansaço: chutou a porta e empurrou a parede, mas a casa era firme e não cedia. Tentou entrar na casa pela chaminé, mas Prático ascendeu a lareira e o lobo queimou o rabo, gritando de dor: subiu de volta pelo vão para ir embora e nunca mais voltar.
Porcos se divertindo.
Os três irmãos viveram felizes juntos porque a casa era grande e cabia todo mundo, o lobo nunca mais voltou e eles passaram a cantar juntos a cantiga do Lobo Mau:

”Quem tem medo do Lobo Mau?
Lobo Mau, Lobo Mau!
Quem tem medo do Lobo Mau?
Lobo Mau, Lobo Mau!”


Os Três Porquinhos - O Filme



quarta-feira, 30 de setembro de 2015

As Aventuras de Pinoquio

Pinoquio, boneco de Madeira.
As Aventuras de Pinoquio (1883), de Carlo Collodi (Florença, Itália). Conta a história da transformação de um boneco de madeira em menino de verdade, esta incrível fábula sofreu diversas adaptações ao longo dos anos sem perder o fundamento principal da obra, os estúdios da Disney lançou o filme em 1940 que não acompanha de forma fiel a obra original.



Um Pedaço de Pau Falante

Mestre Cereja era um carpinteiro que pegou um pedaço de madeira para fazer um pé de mesa, ao tocar com o machado este respondeu, pensou estar ficando louco quando recebe de surpresa a visita do amigo, mestre Gepeto. Mestre Cereja presenteia o amigo com este pedaço de pau falante e Gepeto retorna para casa com a ideia de transforma- lo num boneco.

A Nomeação


Logo no inicio decide chama- lo de Pinoquio, acreditava que este nome lhe daria sorte, Gepeto conhecera uma família inteira de Pinoquios: pai, mãe e filhos, onde o mais rico pedia esmola. Recém formado, o boneco foge para longe do mestre e depois de uma confusão na rua, Gepeto é preso e Pinoquio volta sozinho para casa.

Um Grilo Sussurrante


Um Grilo aconselha o impaciente Pinoquio, ele é pouco tolerante e atira um martelo que esmaga a cabeça do bicho. Sai pra mendigar nas ruas por não encontrar comida dentro de casa e ganha um banho de agua fria. Então ascende uma fogueira, adormece e esquece o pé de madeira dentro do fogo.
Quando Gepeto retorna pra casa, Pinoquio inventa que seus pés foram comidos por um gato, Gepeto conserta o boneco e vende o pouco que tem para comprar- lhe um livro e assim o boneco poder estudar.


O Teatro dos Bonecos de Pau


Cheio de sonhos, faz planos para o futuro: no primeiro dia  aprender a ler, no segundo a escrever, no terceiro os números e assim por diante, uma coisa de cada vez. No caminho escuta a música do “Grande Teatro dos Bonecos de Pau”, ele troca o livro por um ingresso para assistir o show de Polichinelo e Arlequim.
Durante o espetáculo é reconhecido pelos bonecos e o diretor “Come - Fogo” pendura- o na parede para depois usa- lo como lenha pro jantar, mas ao ouvir os gritos do boneco ele se compadece e no outro dia após ouvir sua história, da- lhe 5 moedas de ouro para entregar ao seu pai.


A turma do Pinoquio.
A Raposa e O Gato Cego

No caminho é convencido por uma Raposa e um Gato Cego a plantar as moedas para colher frutos de ouro, mas antes vão ao albergue para comer fartamente as custas do novo amigo. Decidem encontrar- se no “Campo dos Milagres” e Pinoquio vai sozinho pela escuridão, uma voz avisa para não acreditar em riqueza fácil, era o espirito do Grilo falante...
No caminho é emboscado por assaltantes e se esconde numa casa onde encontra uma linda menina de cabelo azul, ela diz que todos os moradores estão mortos, inclusive ela. Ao pedir ajuda é brutalmente agarrado pelo pescoço e levado para ser enforcado fora da casa.

A Menina e os Médicos

A menina pede para um falcão liberta- lo da morte e o “Cão Medoro” leva- o para dentro da casa para ser atendido pelos médicos: um Corvo, uma Coruja e um Grilo, eles não sabem dizer se Pinoquio está vivo ou morto.
Ao ouvir um soluço, o Corvo prognóstica a cura: Pinoquio recusa o remédio amargo, mas aceita um bocado de açúcar, mas ao ver 4 coelhos vestidos de coveiros sente medo e toma o remédio.
Pinoquio conta a sua história para a menina, ele mente tanto que inventa de tudo e a cada mentira que conta seu nariz cresce mais e mais. Envergonhado tenta fugir mas seu nariz é tão grande que não passa pela porta, a menina chora desconsolada e pede para que milhares de pássaros biquem seu narigão até voltar ao normal.

A Fralde


Ao sair da casa encontra com a Raposa e o Gato Cego, foram juntos até “O Campo dos Milagres” onde semearam as moedas, depois se retiraram e Pinoquio aguarda na cidade. Mas não ouve colheita e as moedas tampouco estavam lá, então o boneco volta pra a cidade decidido a denunciar os criminosos.
Procura pela justiça, mas o Juiz era um Gorila e condena o boneco à cadeia. Por sorte,
naquele tempo, o Rei comemorava uma grande vitória e ordena libertar todos os prisioneiros, Pinoquio deseja ver a menina de cabelo azul, mas no caminho depara com uma cobra que da- lhe o bote e o boneco desmaia.


A Fada


Depois de acordado sente fome e é preso por invadir uma fazenda, o dono libera- o após ajudar a prender as raposas que roubam. Chegando a casa da menina, descobre que ela está morta “de tanta dor por ter perdido seu irmão: Pinoquio”.
Surge uma ave gigante dizendo que Gepeto foi ao mar para procurar o seu filho que está perdido, leva Pinoquio até o mar e este salta no oceano para salva- lo. Nada a noite toda e acorda em uma ilha onde encontra uma fada: este conta- lhe o sonho de se tornar humano e ela revela que se ele for um bom menino o seu sonho se tornará realidade.


A Dificuldade


Pinoquio estuda para ser um bom aluno, porém cultiva amizades com crianças travessas e eles o convencem a “matar aula” para ver um tubarão morto na praia, os meninos brigam e na confusão um deles é acertado com um livro e cai. Os guardas soltam o “Cão Alidoro” para prender Pinoquio, este pula no mar e se esconde dentro de uma caverna.
Voltando para casa da Fada é recebido por uma Lesma que leva a noite toda para abrir a porta, ele fica nervoso, chuta a porta e fica com o pé preso.


A Terra dos Brinquedos.
A Terra dos Brinquedos

Na rua encontra seu amigo Pavio, este fala sobre a Terra do Brinquedos: um lugar onde ninguém precisa estudar ou trabalhar… apenas brincar o tempo inteiro. Ouve- se uma carruagem chegar: era conduzida por um simpático Anãozinho e puxada por 12 burros calçando chinelos enquanto algumas crianças festejam dentro do carro, Pavio insiste e os dois embarcam nesta viagem.
Os meninos ficam encantados com a “Terra dos Brinquedos” e a farra dura por meses até que um dia acordam com orelhas de burro e aos poucos vão se transformando em burrinhos até ficarem mudos e começar a zurrar. Entram em desespero até o cocheiro chegar, este que era na verdade um homem inescrupuloso que seduzia crianças para transforma- las em burros.

Trabalho Exaustivo


Pinoquio é vendido para um circo para trabalhar e vira a atração principal do espetáculo, mas depois de um acidente durante o show, fica aleijado e o diretor do circo vende- o para um coureiro, que amarra- lhe o pescoço e atira- o de um penhasco para que morra, mas quando puxa de volta aparece o boneco que salta e foge a nado.


Pai e Filho


Ao ver uma cabrita lembrou da menina de cabelo azul, mas ao se aproximar é engolido por um enorme tubarão. Dentro do peixe encontra seu Pai sentado numa mesa comendo peixinhos, eles planejam a fuga e vão até a boca do animal que solta um espirro e os dois são expulsos de dentro.


Transformação em Menino de Verdade.
Um Menino de Verdade


Pinoquio consegue abrigo em um barraco e sai a procura de alimento pro Pai, no caminho encontra o Gato, que de tanto fingir ficou cego de verdade e a Raposa que até a Cauda vendeu. Arrumou emprego e com o que ganhava ajudava o Pai e a Fada que também estava doente.

Uma noite sonhou com a Fada e com um beijo transformou- lhe em menino de verdade: então Gepeto melhorou, o barraco virou uma linda casa e seu trocados se transformaram em ouro.

sábado, 5 de setembro de 2015

O Vampirismo

O Vampirismo consiste em um conjunto de métodos para explorar a vitalidade de outro individuo. Tornou-se um estilo de vida para movimentos ocultistas e um objeto de estudo para a teologia e filosofia, neste contexto: o vampiro não suga o sangue por meio de uma mordida, porém alimenta-se da e da bondade de suas vítimas.
Vampiros se caracterizam pelo apego aos bens materiais e as riquezas do mundo terreno, costumam desprezar os princípios que regem as divindades celestiais, ignoram a moralidade e por consequência desfazem da obra divina, provocando danos graves a terceiros. São considerados parasitas da humanidade, esbanjam saúde a custa das vítimas, que depois de rendidas se submetem sem resistência alegando obter alguma recompensa.


“Vampiros são cadáveres que à noite saem de suas tumbas para sugar o sangue dos vivos, tanto pela garganta como pelo estômago, depois de satisfeitos retornavam para as respectivas tumbas. As pessoas sugadas definham, empalidecem e consomem-se; por outro lado os sugadores tornam-se rosados, exibindo um excelente apetite” - Dicionário Filosófico – Voltaire.

Criaturas das trevas utilizam o vampirismo ao seu favor para tirar proveito de pessoas em diversas situações. Demônios, bruxas, zumbis, dentre outros aperfeiçoam métodos de dominação afetiva, moral e espiritual para condicionar os hospedeiros a sua vontade e agir nos moldes do inferno.
Para conseguir com êxito sua missão, procuram por algum meio de entrada que geralmente é uma fraqueza de espírito ou uma falha de personalidade e caráter. Quando cumprem o primeiro passo exercem pressão física e psíquica no hospedeiro até ele se render a sua vontade e obedecer ao comando. Alguns relatos sugerem ataques durante o sono, extraindo a energia vital de suas vítimas enquanto elas dormem.

Na Literatura


O Vampiro é descrito como uma criatura fria, de hábitos noturnos e que possui intolerância ao sol (sintomas da Raiva, uma doença transmitida por morcegos e outros animais). Sua pele é descorada e cianótica, mas ao sugar o sangue das vítimas revigoram e tornam-se saudáveis, por outro lado as vítimas: desdenham, adoecem ou morrem.
Alguns relatos sugerem que o Vampiro fez um pacto com o diabo para alcançar a juventude eterna e como castigo ficou impossibilitado de andar a luz do dia. Dizem que a sua alma foi levada para o inferno e que o seu reflexo não pode ser visto através do espelho, ele seduz a homens e mulheres que ficam hipnotizados e não percebem a verdadeira intenção deste parasita.Na maioria das obras, os vampiros não pisam em solo sagrado e são repelidos por itens religiosos. Acredita-se que Deus tenha o poder de proteger seus súbditos com uma espécie de blindagem, o Espirito Santo que inibe ações do mau.

O Processo de Hipnose


Vampiros induzem a fazer o que desejam e ao que não podem fazer por si mesmo, as vítimas quanto mais obedecem, mais submissos se tornam. Um fluido magnético derrama-se sobre o campo mental e neutraliza a vontade do sujeito, assim as células nervosas ficam subjugadas a força invasora.

Vampira.

A Psicanálise


Para especialistas: os vampiros representam os desejos do inconsciente humano, mecanismos de defesa como o amor, a culpa e o ódio. Alimentam a ideia do retorno dos mortos ao mundo dos vivos para visitar seus familiares e cônjuges, também a de justiça e purificação, como a condena a morte por meios cruéis e o livramento da alma.


A Troca Espiritual de Energia


Todos nós somos responsáveis pela qualidade energética do planeta, também por manter limpos os bens da terra, do ar e da mente. A prática do bem rompe com sentimentos inferiores e trás paz para quem pratica, por outro lado, o vício e a imoralidade torna-se aliado perfeito para o desenvolvimento de espíritos malignos, já que quando afastado de Deus o demônio encontrará suas vítimas com mais facilidade.
Para os espíritas, os Vampiros possuem uma carga energética muito negativa e necessitam de alguém que suprima sua carência de positividade, subtraem a energia de pessoas boas e descarregam enorme negatividade. Existem dois tipos de parasitas espirituais: os Encarnados, sujeitos de carne e osso e os Desencarnados, falecidos que não desapegam dos bens materiais e retornam para obter a energia que necessitam.



 “O parasitismo espiritual é um processo de obsessão que pode ocasionar danos àquele quem se faz hospedeiro, levando-o à loucura ou até mesmo à morte.” - Espiritismo de A a Z, Obsessão/Desobsessão: profilaxia e terapêutica espíritas.9 ed. Rio: FEB, 1994.

Deve-se preparar o corpo e a mente em auxilio de quem sofre, porque ao deslocar nossas energias abrimos nosso campo espiritual e ficamos susceptíveis a invasões indesejáveis. Deve ser feito de forma sábia, do contrario haverá perda de energia e um desgaste emocional desnecessário, procurar ajuda em igrejas costuma ser sempre um bom aliado.


Tipos de Vampiros


  • Os Apegados que não se libertam do mundo material e se vinculam aos que vibram na mesma faixa como: prostitutas, alcoólatras e viciados.
  • Os Obsessores que por vaidade ou ódio ligam-se às vítimas para impor seus pensamentos, esta permanece hipnotizada e acolhe-os como se fossem seus.
  • Os que se ligam ao conjugue, como na novela de Jorge Amado: “Dona Flor e Seus Dois Maridos” onde o falecido nutre-se dos fluidos vitais da esposa viva.
  • Os Encarnados, pessoas vivas e sem princípios que se apoderam da vitalidade das vítimas.


Considerações Finais


A Cruz, a Fé e a Esperança.
A troca de energia espiritual entre as criaturas de Deus é comum e ocorre de forma necessária e imperceptível, como ondas eletromagnéticas que rodeiam a terra e não são percebidas. A muito a se estudar sobre o Vampirismo, pois a matéria abrange um campo muito extenso da espiritualidade e suas aplicações podem ultrapassar a barreira do que é ético e moral. Apesar de considerar maligna a ação do vampiro, a troca espiritual pode ser usada para fins benéficos, como trazer conforto e paz.

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Chapeuzinho Vermelho

Chapeuzinho Vermelho.

Este clássico da literatura teve sua origem na Europa durante o século XIV e foi publicada pela primeira vez na França por Charles Perrault. A história sofreu varias adaptações e é considerada uma das fábulas mais memoráveis de todos os tempos.

Chapeuzinho Vermelho


Era uma vez uma menina muito bonita quer era amada por todos. Certo dia sua mãe usou um retalho vermelho para costurar uma capa com capuz e ela gostou tanto que nunca usava nada diferente e por isso passou a ser chamada de: "Chapeuzinho vermelho".

Um dia sua mãe preparou torta e licor para mandar pra vovô que estava doente e vivia sozinha no meio da mata, encarregou a encomenda pra Chapeuzinho:

Mamãe: Não saia da estrada, caminhe delicadamente para não chacoalhar a cesta e não pare para conversar com estranhos. A mata é escura e perigosa, poucas pessoas passam por lá e não se esqueça de ser educada com a vovó. - Com um beijo se despediu da mãe.
Chapeuzinho: Tomarei cuidado! - Respondeu.

Quando Chapeuzinho vermelho entrou na mata um lobo a viu e esperou um momento oportuno para o encontro:

Lobo: Para onde vai Chapeuzinho? - Perguntou.
Chapeuzinho: Para a casa da minha avó que está doente e vive na mata.

Lobo: O que você tem cesta?
Chapeuzinho: Torta e licor para que minha avó melhore porque está doente. – Respondeu.

Eles caminharam juntos pela estrada por algum tempo e depois o lobo disse:

- Veja que flores lindas existem por aqui, escute o belo som dos pássaros e sinta os raios de sol que passam por entre a folhagem, não quer parar um pouco para olhar?

Chapeuzinho Vermelho refletiu, mas pensou que seria legal levar flores para agradar a avó.  Então saiu da estrada e cada vez que recolhia uma flor aparecia outra mais bonita logo à frente e corria para pega-la... cada vez mais dentro da mata.
Enquanto isso, o lobo correu direto pra casa da vovó, abriu a porta e devorou-a. Depois vestiu as roupas dela e se deitou na cama para esperar a Chapeuzinho chegar.

—Bom dia! - Gritou Chapeuzinho. A porta estava aberta e não ouviu resposta, entrou e aproximou-se da cama e lá estava a vovó deitada parecendo muito doente.

Chapeuzinho: Vovó, que orelhas grandes você tem!
Lobo: São para te ouvir melhor, minha filha.

Chapeuzinho: Mas vovó e esses olhos grandes?
Lobo: Para te ver melhor, filinha.

Chapeuzinho, incomodada perguntou: Mas e essas mãos enormes?
Lobo: Para te abraçar melhor.

Lobo Mau.
Chapeuzinho: Mas, que boca grande você tem!
Lobo: É Pra te comer, querida! - E o lobo pulou da cama e engoliu a Chapeuzinho Vermelho.

Saciado! Se deitou na cama para cochilar e começou a roncar muito alto, foi quando um caçador que passava por perto ouviu e foi até lá para ver se estava tudo bem com a vovó, quando entrou no quarto viu o lobo de barriga cheia e deitado na cama da vovó: pegou uma tesoura e cortou a barriga do lobo que dormia profundamente, até aparecer a Chapeuzinho Vermelho e depois a vovozinha que mal conseguia respirar. Eles rechearam a barriga do lobo com pedras e quando ele acordou não conseguiu fugir porque as pedras eram muito pesadas. O lobo caiu no chão e os três ficaram contentes porque o lobo chorava de dor.

Depois que tudo acabou, Chapeuzinho Vermelho pensou: “Enquanto a minha mãe proibir, nunca mais sairei da estrada para entrar sozinha no meio da mata".

terça-feira, 4 de agosto de 2015

O Homem do Saco

Criança Distraída.
Os amigos brincaram a tarde toda, tomaram o lanche e voltaram pra rua. Antes de sair de casa, sua mãe pediu para chegar antes do jantar, para dar tempo de tomar banho, escovar os dentes e dormir.
Na rua, adultos sentados na calçada tomando cerveja, jovens ouvindo música alta encostados num carro, uma mulher mentalmente perturbada falando sozinha na esquina e os meninos caminharam até o parque.

A luz do poste queimada a tempos não é trocada, balanços de uma corda só e sem acento porque foi levado, no chão se acumula o entulho deixado por trabalhadores durante o dia, vasilhames de vinho, cerveja e bitucas de cigarro deixados a noite. Ascenderam a fogueira, não era para brincar com fogo mas os meninos trouxeram batata para assar, ficaram contando historias e vendo o tempo passar...e o tempo passou, que não viu a hora chegar: a rua está vazia e ninguém a ver e escutar.
Sabia que deveria correr, quanto antes melhor e menor a bronca da mãe, despediu-se dos amigos e foi embora, quando atravessou a rua viu um rapaz sentado ao lado de um cachorro, aproximou-se dele e o cachorro entrou no saco.

- Você veio pra perto e ele ficou com medo, por isso se escondeu no saco. - Disse o rapaz.
- Mas eu não fiz nada - Respondeu o menino.
- Então pega ele pra mim! - Retrucou o estranho.

O menino abriu o saco e o rapaz empurrou-lhe pra dentro, fechou o saco com o cachorro e tudo! pôs nas costas e enquanto andava, entoava uma canção antiga.
Quando a mãe apareceu no parque os meninos dizeram que ele tinha ido embora, ela achou estranho e pediu para um dos meninos acompanha-la. Em casa não viu seu filho e entrou em estado de choque, sentou no sofá e começou a chorar, o pai foi para os fundos para vasculhar a caixa de ferramentas.

- O que procura na caixa? - Perguntou o menino.
- Eu sei que ele sumiu, eu sempre digo para não se atrasar; agora vai procurar a sua turma e deixe-me concentrar. - Respondeu.

Então voltou para a sala onde a mãe irreconhecível estava sentada sem falar; ela era tão linda, mas seu rosto estava pálido e sem vida, seus olhos inchados e o cabelo despenteado:

- Você sabe pra onde levaram o meu filho, responde que eu sei que você sabe. - Com raiva a mãe gritou.
- Calma senhora, não tenho nada a ver. - Respondeu o menino.
- Eu sei que foram os rapazes do carro, só pode. - Disse a mulher.

Naquele instante o marido aparece para consolar a esposa e deu um martelo na mão da criança, dizendo:

- Volta pra casa e se alguém tentar levar, da uma martelada na cabeça dele, depois peça ajuda.

"As lágrimas da vizinhança inconsolada pela perda de um menino do qual todos se alegravam, pelas mãos sujas do homem, se perdeu dentro de um saco; sabe-se lá pra onde, ninguém jamais o viu e nem sabem se vai voltar. Sua mãe reza antes do jantar, na mesma hora em que deveria estar sentado hoje o lugar está vago, seu dormitório segue igual e para o pai resta a esperança que o coração do homem perverso encontre luz e paz."
Homem do Saco

terça-feira, 21 de julho de 2015

Crianças Índigo


Crianças Índigo ou Crianças de Luz são chamadas assim pela cor da sua aura (azul-índigo). A pseudociência e a parapsicologia acreditam que exista uma nova geração de crianças com habilidades especiais que os diferenciam das crianças normais, eles viram ao mundo com o objetivo de implantar uma nova era e trazer elevação espiritual para a humanidade.

Em 1982, Nancy Ann Tappe elaborou um sistema para classificar os seres humanos de acordo com uma suposta cor da aura, elaborou um estudo sobre "as cores da vida" onde as cores anil e azul correspondem a uma espiritualidade desenvolvida, assim atribui-se para cada pessoa uma cor em função da personalidade do individuo.

A definição de Criança Índigo é rejeitada por educadores e pediatras, chega a ser tão vago que pode aplicar-se a praticamente qualquer um e por falta de evidencias algumas crianças são diagnosticadas com algum grau de autismo. Não existe demonstração científica que prove a ocorrência deste fenômeno ou alguma evidencia que argumente a favor, a singularidade destas crianças pode ser considerada por especialistas como uma especie de fuga e negação da realidade.

Para a espiritualidade estas crianças são emissárias de Deus, seres imensamente evoluídos que vieram ao mundo para colocar-nos no caminho certo, atentar para seus ensinamentos porque trazem consigo o conhecimento e a espiritualidade para quebrar os tabus e a hipocrisia.
Nasceram mestres e esperam que todos façam o que eles fazem naturalmente, por serem pessoas especiais sofrem pela falta de uma estrutura adequada para suas necessidades. Existem métodos que facilitam a comunicação com eles: conscientemente ou não, podem estar segurando um espelho voltado para que você se enxergue ou pedindo ajuda para descobrir novos limites ou para ajustar seus talentos para um próximo nível de crescimento.

Infelizmente as pessoas sentem dificuldade ao se aproximar de um Índigo, porque enfrentam crenças pré-concebidas e regras que não compartilhadas, muitos não possuem o preparo para lidar com estas crianças e algumas acabam se desviando do seu caminho e com o tempo suas habilidades se perdem.

Referencias externas: